"Perdi a voz e resolvi escrever."



05 outubro, 2008

Neste quarto azul


Apagam-se as luzes, o dia vem vindo no céu ainda estrelas, na minha boca ainda um cigarro, rebordando tudo aquilo ingerido numa longa viagem eu me perco, o real, as ilusões, estão espelhados no meu espelho, estou chorando e me afogando sozinho, não é drama, é vida.
Não digo obrigado, mais de nada. Não sou tão bom quanto penso, e nem penso tão bem.
Estou me distanciando, estou acreditando.
Fiz caminhos de calças ao chão não ha cabides, e nem me importaria em te-los aqui nada está no lugar.
Acendem-se as luzes eu não consigo me encontrar, o mundo está circulando numa velocidade que eu não consigo entrar, eu desabafo com outros abraços qual de fantasmas frios, eu pareço gostar porque não é meu lugar, aqui nunca foi meu lugar, eu me sinto assim. Ou talvez me force a agir assim.
Eu me protejo.
Eu agrido, eu xingo, eu enlouqueço.
Mais nada vai voltar.
Voltar não mais nada, fragmentos do compasso das horas, diminuindo minutos segundos estilhaços.
Estou em casa, fora de casa em qualquer lugar.
Não estou sorrindo, nem consigo fingir isso. Eu não digo bom dia! Eu peço desculpas.
Por infelizmente viver sem personalidade.
Estou vomitando minhas verdades num suspiro qualquer eu te trago mais logo te coloco novamente no lugar, te deixando fora das minhas apostas altíssimas de um poker e um tabuleiro de xadrez solo.

Guilherme Albinno

2 comentários:

Cláudia I, Vetter disse...

mas se tudo é tão verde, por quê não mudar?

da tristeza surge o compasso pra ampla alegria.

muito além das paredes...

;)

ana disse...

vomite sim suas verdades, porque elas são suas. e de mais ninguém. ;)