"Perdi a voz e resolvi escrever."



03 outubro, 2008

Meus comprimidos e o abraço da depressão


Quando eu me encher eu vou esvaziar. E se eu realmente não quiser quem vai querer?
Estou decadente como todos os covardes a espera de esperanças.
Estou tão depressivo quando os que suicidas que se jogam sem emoção.
Quantas vezes mais, vou desabafar escrevendo nessas paredes, quantas vezes mais. Vou conversar com o liquidificador. Quantas?
Eu não me importo, porque me importaria, afinal, tudo se resume a solidão confusão de dias atrás...
Quando eu me encher, talvez não me esvazie.
Quando eu chorar posso não parar, porque as paredes que me sustentam estão se rompendo, como se rompem à paciência, da ignorância alheia.
Eu te digo minhas verdades mais não lhe falo sobre meus segredos. Meus dias nublados são todos os dias.
Grafitei teu nome, com letras errantes tão errantes quando meus seguintes passos.
1,2,3.
Sorrir já fica difícil, levantar fica difícil.
Não entre no meu quarto, não mexa no intaquito.
Porque você não pode fazer nada, o problema é comigo.
Mesmo sendo você a solução.

Guilherme Albinno

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