"Perdi a voz e resolvi escrever."



01 agosto, 2010

Delicada dor.


"Escrevi as dores em papel amassados tão velhos quanto a minha expressão ao falar de amor, não sendo o bastante eu marquei a tinta varias vezes por nunca conseguir segurar as lágrimas, o que há de errado em ser transparente? Será um erro mostrar meus sentimentos? Agora eu vejo toda a minha historia nas paredes, relembrando e suspirando o que andei perdendo nessa tão dura vida que julgo justa levar. O pior é que nada do que dizem eu sigo, mas o meu sim e o meu não me levam a crer que ando tropeçando. Agredindo em alguns pontos e regredindo por interpretar tão mal o meu personagem. Você pode ser minha sombra, mas não pode me seguir durante o dia todo. Você pode pensar que serão os meus carinhos, mas lá no fundo eu sei que minhas mãos estão cheias de sangue, mas eu não me culpo por sempre andar na frente dos ponteiros, muito menos de atravessar as ruas sem saber se irão parar ou não, essa é a vida que eu levo...Sem permissão eu vou, invadindo meu particular derrubando minhas leis, respirando o pó de sonhos, crescendo ou diminuindo. Eu nunca sei qual o vento que toca meu rosto, mas acredite, não sou tão ruim assim, só estou longe das frases que você esperava ouvir, então feche os olhos e voe numa canção. Nunca me imaginei acordando do seu lado, então não sonhe comigo. Desculpe.

-Não tenho muito o que dizer, sou feito de um bom aroma, um sorriso e o mesmo olhar. sou simples e contraditorio, minhas previsões são errantes, eu julgo o que eu não conheço, mas eu sinto tudo tão perto que tenho um pouco de medo do que possa acontecer quando outra pessoa quebrar meu reflexo e eu não souber mais onde estão meus pés. Tente entender. Tente me escutar, essa delicada dor se chama amor. Por isso nunca diga que és meu protetor se não sabes o que o defende. Mais um vez eu fecho as cortinas dessa peça sem querer saber se fui ou não aplaudido vaiado se gostaram ou não. Estou sendo sincero, perante o meu viver, e minhas banais experiências, se todos pudessem sentir um pouco do que eu sinto, entederiam minhas gavetas e minha manias. Poderiam então me perguntar até quando eu farei um relicário desses momentos, e porque sorrio sempre, e choro escondido. -Seja como for, dependente do sentimento ou do que seja, tudo terá um pouco de dor, e espero que seja ao menos delicada na hora que soar aos nossos ouvidos."

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