"Perdi a voz e resolvi escrever."



11 novembro, 2008

Um homem deixa marcas de batom no espelho.


Não sou à mulher de batons claros e escuros, não sou a maquiagem que cobre erros constantes de alma, não sou os longos cabelos ruivos loiros enrolados, não tenho a ginga muito menos o preparo de uma mulher de costas.
Não sou apenas frases, muito menos só poesia, o cortidiano ou ironia, não quero ser suas duvidas e nem a certeza, porque certo estou em dizer que mistério á de rolar.
Mais naquele dia te deixei um recado à moda antigo e se assim posso dizer víntage de grandes loucos apaixonados, não era banheiro de motel, nem um quarto de hotel, era o desejo de me expor. Não sou a lenda da salamandra, nem as vibrações positivas, eu sou a constante metamorfose dos sentindos sentidos, do calor do teu calor acolhido, não sou a mulher de costas, mais tenho as costas de alguém que deseja ser tão teu quanto qualquer romance entre Julieta e Romeu.
Não sou o esmalte cauteloso nem explosivo, não sou arma não sou crime, apenas o escancaro do amor dos pés a cabeça, não sou sede e nem água.
Sou vozes e entre a finalidade de não ter uma finalidade, te deixo conclusões, surpresas quais conceitos romperiam de te deixar um recado no espelho com o um batom vermelho, conceitos regras que quebro, porque aqui não existe extremo não existe limite, nem horizonte. Pernas tortas que bambeiam braços velozes que dançam, palavras fortes que chocam, pode não ser eu, a ninfa, pode não ser eu fada mais que magia me cerca a te dizer belas palavras... (amor)
E de frente ao inimigo eu digo coisas boas, e de frente ao inimigo eu te desejo coisas boas. Não sou a mulher, de formas invejáveis, mais sou eu o homem de mil vontades.
E quem nunca quis se sentir assim, numa cor tão vermelha, num embaço, espasmo, de querer ser objetivo, quem nunca quis uma resposta rápida, um suspiro um sorriso, mesmo que encolhidos entre as grandes barras de ferro que priva os seres humanos de amar, quem nunca quis errar, e quem nunca tentou concertar.
Não sou a mulher de costas, mais sou o abraço peito a peito, não sou a lagarta, nem a borboleta, não sou eu a boneca de pano, nem os restos de retalhos, sou o homem de frente e muitas vezes imponente que deixo marcas num espelho de um amor inconsciente e persistente, imaginei você, imaginei, a sua alegria, de ter um te amo, enquanto esquece o que abomina, dei uma chance á mais de lembrar como é bom, e como pode ser melhor. Ainda esclareço o medo, que senti, mais resolvi não ouvir as leis impostas a mim, porque só assim nós podemos ser felizes com um pouco de loucura, mesmo estando de lado, opostos, misturados, no mesmo barco, do mesmo saco, de duas pessoas uma historia, um porta retrato, um quarto desarrumado, a solução e um modo mais emocionante de dizer como é amar sem restrições, seguindo apenas corações em marcas de batoes.

Guilherme Albinno

Nenhum comentário: