"Perdi a voz e resolvi escrever."



25 outubro, 2008

As coisas que não te disse.

Eu você, e tudo que gira palavras mal ditas atos rejeitados, e tudo que nós perdoamos.
Você e eu, e tudo que nos faz sentido, longe do normal, andamos e mesmo que buracos insistam em nos afundar, nos braços, nos abraços, novamente nos levantaremos, porque sem teu ar eu não seria ninguém, deixe-me te ensinar a amar e a chorar, porque assim eu te faço humano, assim você me faz homem.
Você terá alguém em quem confiar, e contar que seus dias podiam ser mais esperançosos, você vai me dizer que a beleza já não é o prato principal, que minhas mãos á tuas mãos é conforto, não me prive de boas palavras, mais não me deixe impune quando eu te machucar.
Agarre-me que eu te despedaço.
Tenha-me que assim que eu te quero.
Ensine-me quem sabe assim você aprenda.
A lógica não existe, e quando a sua carência for ausência, diga verdade eu viajarei daqui ao fim de tudo para te trazer flores raras, pedaços de cometas, múmias, o que for real ou improvável, e diante do universo eu te juro amor infinito.
As nossas ruas podem se desviar, mais na mente acessa sempre ficará a tentativa do melhor, e nunca do abandono. Que se passem anos, se eu te ver entre transversais eu te buscarei te trarei pra perto e num longo beijo te envolverei, porque ninguém jamais fará o feito, e mesmo que repetido, eu já haveria provado, graças a sua existência.
Não me deixe pensar num fim, pois nossa historia jamais o terá. Eu e você.

Guilherme Albinno

Um comentário:

Cláudia I, Vetter disse...

"...Vou-te amar intensamente como nunca. Amei-te com avidez precipitação impreparação juvenil. Havia uma distância enorme de permeio e eu tinha que a preencher. Amei-te depois com luxúria como se diz no catecismo. E amei-te como cumprimento de um horário semanal. (...) Vou pôr na rua da lembrança tudo o que não for a tua nudez, a amargura vexame sofrimento. Mesmo as alegrias que não são para aqui. Mesmo os filhos que também não - a vida inteira que passou. Preciso tanto de te amar - e como te vou amar? Não sei. Vou-te amar no infinito da tua perfeição.'' (Vergílio Ferreira, in Em Nome da Terra)

Lembrei na hora, e encaixou-se na mesma beleza de teu escrito.

Excruciante; meu fatal.

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